Site Radar Imobiliário destaca como o envelhecimento populacional abre novas oportunidades no mercado imobiliário para idosos

Com a previsão de que 25% da população terá mais de 65 anos até 2060, surge uma demanda por moradias adaptadas, acessíveis e com serviços específicos para essa faixa etária. Alexandre Nagazawa, da BLOC Arquitetura Imobiliária, fala para o site Radar Imobiliário como explorar esse nicho promissor desenvolvendo projetos que atendam às necessidades da crescente população idosa, representando uma oportunidade significativa para investidores e incorporadoras no setor imobiliário. Confira a notícia aqui.

Alto Buritis

Alto Buritis

Uso misto

O bairro Buritis, em seu conjunto arquitetônico, evidencia desafios significativos, especialmente no que diz respeito às palafitas estruturais e sua presença na paisagem urbana. Esses elementos, de maneira desordenada, dominam a vista em muitas partes do bairro, impactando a estética e a leitura do bem tombado da região, a Serra do Curral.

Próximo à área do projeto, a presença das palafitas é ainda mais notável, colocando em destaque a necessidade de um tratamento cuidadoso da edificação para minimizar sua interferência na paisagem local.

 

FICHA TÉCNICA

Projeto premiado: 16ª Premiação IAB-MG Prêmio categoria residencial
Nome do projeto: Aimorés SP
Tipologia: Uso misto
Cliente: Grupo EPO
Construção: Não construído
Ano do projeto: 2013
Término de construção:
Não construído
Área construída total: 12.786m²
Localização: Buritis, Belo Horizonte, MG, Brasil

EQUIPE

BLOC Arquitetura Imobiliária
Alexandre Nagazawa
Belisa Murta
Carolina Boaventura
Isabela Campolina
Janaína Lopes Nogueira
Luiz Felipe Quintão
Megg Sousa

MACh Arquitetos
Fernando Maculan
Mariza Machado Coelho
Mateus Lira
Marcela Rosenburg
Ricardo Lobato

A implantação do sistema viário do bairro também trouxe implicações para a morfologia do terreno, que se mostra delicada. Taludes positivos, com alturas superiores a 15 metros e declividades íngremes, representam riscos geológicos e ambientais.

Exploramos diversas estratégias de implantação, inicialmente considerando a retirada de terra excedente do terreno. Contudo, essa abordagem acarretaria impactos ambientais e econômicos significativos, o que nos levou a uma solução mais consciente e sustentável.

Optamos por concentrar a ocupação nas porções mais elevadas do terreno, evitando a projeção sobre os taludes e preservando a integridade do ambiente natural. Na seleção dos materiais, priorizamos a harmonização com a paisagem, utilizando concreto, vidro, madeira e pedra, além de brises vegetados, integrando elementos naturais às fachadas.

Embora o edifício ultrapasse o limite altimétrico em alguns pontos, estrategicamente mantemos esses excessos na poção interior do terreno, contidos nos múltiplos escalonamentos do volume seguindo a morfologia da topografia, logo minimizando bastante o impacto visual na paisagem circundante.

Um grande átrio central se escalona junto com os volumes distribuidos sobre a topografia. Nele se abrem as circulações horizontais que ligam as unidades habitacionais aos núcleos de circulação vertical. O resultado desses múltiplos átrios centrais escalonados é um edifício mais horizontal e arejado, com jardins e árvores nos pátios internos. Eixos atravessam o prédio, marcando visuais importantes e criando mirantes.

Essa implantação é incomum na região e no mercado imobiliário local, oferecendo uma solução criativa para um programa complexo, enfrentando desafios significativos devido à grande inclinação do terreno e às restrições altimétricas do patrimônio histórico.

Aimorés SP

Aimorés SP

Uso misto

Neste projeto de uso misto, buscamos harmonia com a rica história e vibrante paisagem urbana do hipercentro de Belo Horizonte. Localizado na junção das Ruas dos Aimorés e São Paulo, dentro do Conjunto Urbano da Avenida Álvares Cabral e seu entorno protegido, o empreendimento está inserido em meio a um importante contexto histórico e arquitetônico da cidade.

A Avenida Álvares Cabral, um eixo vital que liga o Centro à região de Lourdes, é cruzada pela imponente Avenida Bias Fortes. Embora circundada por estruturas históricas e edifícios mais baixos, nossa área de estudo enfrenta um entorno predominantemente vertical. Diante desse cenário, nosso objetivo é uma integração suave e respeitosa, minimizando impactos visuais negativos.

FICHA TÉCNICA

Nome do projeto: Aimorés SP
Tipologia: Uso misto
Cliente: Particular
Construção: Projeto em desenvolvimento
Ano do projeto: 2022
Término de construção:
Projeto em desenvolvimento
Área construída total: 5.330m²
Localização: Lourdes, Belo Horizonte, MG, Brasil

EQUIPE

Alexandre Nagazawa
Matilde Barros
Bruno Fontes
Bruno Oporto
Fábio Oliveira
Laura Melo

Seguindo estratégias anteriores, aprovadas pela legislação vigente, enfatizamos a redução da altura e o recuo dos limites frontais, mantendo uma escala e altimetria que consideramos adequada, em harmonia com as construções vizinhas e o contexto urbano do conjunto tombado.

A legislação permite que os edifícios sejam construídos próximos às divisas laterais, resultando na proliferação de empenas cegas pela cidade. Para contornar esse cenário, optamos por um grande painel de arte urbana na esquina voltada para a Avenida Bias Fortes, enriquecendo a paisagem com um tratamento estético inusitado para o local.

A diferenciação do design do edifício começa nas fachadas, desafiando o padrão tradicional do hipercentro repleto de extensas fachadas monótonas e sem qualquer tipo de tratamento estético. Em nosso projeto, o dinamismo dos planos de abertura, resultado do cuidadoso deslocamento dos vértices da estrutura em grelha, cria uma interação única com a luz e a sombra ao longo do dia, conferindo movimento e ritmo diversificado em todas as fachadas.

Priorizamos também o espaço verde no nível térreo, reservando uma generosa área permeável para um jardim frontal acessível ao pedestre, integrando a natureza à vida urbana. Nos andares superiores, terraços ajardinados oferecem uma conexão com a natureza, proporcionando espaços abertos de convívio coletivo com vistas panorâmicas das avenidas.

Os materiais foram cuidadosamente selecionados, destacando a forma pura do design do edifício através de um exoesqueleto estrutural em grelha. Concreto aparente e vidros 100% translúcidos combinam-se harmoniosamente no volume principal, enquanto a vegetação adorna a base do prédio, conferindo uma estética contemporânea e acolhedora ao nível do pedestre.