Pátio Belvedere
Comercial de lojas.
Retrofit com a conversão de
residencial para não residencial
Uma casa projetada pelo renomado arquiteto Flávio Almada nos anos 80 foi escolhida pelo empreendedor para uma grande transformação, mudando de uso residencial para comercial. Essa demanda acompanha a transformação, em curso, na região do Belvedere em Belo Horizonte.
Nome do projeto: Pátio Belvedere
Tipologia: Comercial de lojas. Retrofit com a conversão de residencial para não residencial
Cliente: Pentagna Incorporadora e Urb3
Construção/Retrofit: BBM Construções
Ano do projeto: 2021
Término de construção: 2022
Área construída total: 921m²
Localização: Belvedere, Belo Horizonte, MG, Brasil
BLOC Arquitetura Imobiliária
Alexandre Nagazawa
Matilde Barros
Bruno Fontes
Bruno Oporto
Eduardo Mori
Fábio Oliveira
Laura Melo
FOTOS: Alexandre Nagazawa
Originalmente um bairro residencial unifamiliar de alto padrão, o Belvedere está se transformando em um polo comercial AAA, atraindo lojas de grife, restaurantes, cafés, e estabelecimentos de produtos esportivos. A área atrai um público diversificado em busca de suas ruas tranquilas, arborizadas, planas e com temperatura amena devido à altitude e proximidade com a Serra do Curral.
A localização é única, de frente para uma praça ampla e arborizada, equipada com brinquedos e aparelhos de ginástica. Frequentada por moradores, crianças, famílias e visitantes de bairros vizinhos, a praça é um ponto de encontro para atividades físicas ao ar livre e se conecta com as principais vias do bairro.
Optou-se pelo retrofit da edificação original, buscando rapidez e redução de custos. Apesar dos grandes desafios técnicos de adaptação, as equipes de arquitetura e engenharia realizaram uma análise criteriosa de todas as opções de layout, aproveitando a estrutura existente e destacando os pontos fortes da edificação original.
As imponentes árvores em frente à casa, exemplares de Pau Ferro com copas densas que geram muita sombra, e uma ambiência muito agradável na rua, foram o ponto de partida do projeto. Elas foram mantidas por sua beleza e por marcar a paisagem de forma singular, destacando-se em frente às futuras vitrines.
Outro aspecto marcante da edificação original era o grande pátio interno, onde se localizavam a piscina, o jardim com árvores, a churrasqueira e a edícula de apoio. Esse pátio foi mantido e valorizado como o principal ativo para um restaurante que se abre completamente para o jardim interno.
O design do prédio envolve o volume original da casa com uma moldura limpa, leve e branca, criando uma aparência neutra e enfatizando as vitrines das lojas com um pé-direito triplo. Um grande pano de vidro reflete o verde das árvores e da praça, criando um efeito visual que integra as copas das árvores com o interior das lojas.
O prédio foi projetado sem gradis, com o comércio aberto diretamente para a calçada, criando uma fachada ativa que convida pedestres e frequentadores do local a explorarem o espaço. A integração com a praça foi reforçada pelo jardim frontal, promovendo a continuidade entre o espaço privado e o público.
O anexo aos fundos foi desenvolvido com perfis metálicos em formato de “V”, formando uma grelha branca leve que se apoia sobre as edículas de pedra existentes. Este anexo abriga um restaurante cercado de verde, que se abre para o pátio interno da edificação.
Este projeto exemplifica a transformação urbana do Belvedere, explorando elementos marcantes da paisagem enquanto adapta as estruturas pré-existentes para atender às demandas contemporâneas, resultando em um espaço harmonioso e funcional que valoriza tanto o público frequentador do local quanto o entorno da micro região.